quinta-feira, 10 de julho de 2014

NADA A DELCARAR

A não ser que estou cansada e completamente sem escudo. Depois que disse adeus, que foi embora, o mundo calou. As minhas borboletas voaram distantes. E eu? Eu fiquei sozinha. Só eu e minhas palavras, meus pensamentos, meus versos, tão certos. A mercê de um inverno profundamente gelado.
Não, eu não tenho nada a dizer: a não ser que estou cansada, contemplando o crepúsculo. Depois dessa partida eu fiquei só entre multidões. Porque me tornei chata e intoleravelmente intrigante, até minhas mais profundas memórias se negam esquecer. Mas eu digo para o meu espelho, isso tudo vai passar, vai mudar sim, porque tudo muda, sempre muda.
...mas o pior é que não passa, o ridículo é que tudo perdeu a graça, a cor, o humor.
Eu ainda posso dizer que todas as vezes que o sol ensaia nascer, gritando bem a minha frente que eu preciso renascer, passa! E o outro dia passa também. E eu não vejo o sol nascer. Está tudo tão escuro. Nem mesmo as minhas borboletas voltaram trazendo um fio de despertar, sim, porque combinamos...dormirias mas certa de que voltarias. Não veio. Não, não veio!
Desculpe-me se no meio do teu sono, acordei. Entretanto vais continuar dormindo.

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